quinta-feira, 15 de novembro de 2007

OFICINA DO VER

Um delicioso exercício para tentar entender as estratégias da TV Aguarde em breve...

Trabalho Aprovado - Seminário de Pesquisa e Extensão - Ituiutaba

Profª Mª Esperança de Paula

Profª Drª Rita Ribes Pereira

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, a escola tem sustentado uma relação nada simples com os meios de comunicação. Entre o amor e o espanto, este vínculo tem se movido mais perto da desconfiança, da acusação e da condenação do que da aceitação e reconhecimento.

As mídias desempenham um papel central na vida das crianças. Primeira atividade de ócio e principal fonte de informação, os meios de comunicação afetam a maneira como as crianças percebem a realidade e interagem com o mundo.

DESENVOLVIMENTO

A proposta do projeto além de subsidiar dados à pesquisa, tem como função estabelecer o movimento nas relações entre pesquisador e a construção do seu objeto, pois todo objeto de pesquisa é um objeto construído e não imediatamente dado.

Criando estratégias e mecanismos através do uso das mídias de comunicação, possibilitando a descoberta deste objeto nos espaços construídos pela pesquisa, ampliando a visão do pesquisador nos procedimentos e o instrumental de coleta e análise dos dados, adotando os recursos utilizados para maximizar a confiabilidade dos resultados.

METODOLOGIA

O trabalho de campo começou em março de 2007, com uma turma de 19 crianças de 5 a 6 anos, sendo oito meninas e onze meninos. Amparada por recursos metodológicos como: gravações, notas de campo, entrevistas, e principalmente o desenho infantil como forma de interlocução e investigação com vistas a problematizar aspectos culturais e ideológicos das relações das crianças com as mídias. Com objetivo de descobrir o uso social que as crianças fazem da mídia na vida.

A RADIONOVELA VAI À ESCOLA

Profº Josemir Almeida Barros

Profª Mª Esperança de Paula

Profª Drª Rita Ribes Pereira

DESENVOLVIMENTO

Esta pesquisa tem como objetivo principal estudar e analisar as diversas formas de utilização das linguagens midiáticas no contexto escolar, além de subsidiar a pesquisa já em desenvolvimento do “Grupo de pesquisa: Infância, mídia e educação” (GPIME) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

DESENVOLVIMENTO

Acreditando que o espaço escolar vai muito além de conceber o ensino da escrita e leitura (formas tradicionais), apresentamos o projeto de pesquisa intervenção - A radionovela vai à escola – também com o objetivo de investigar, estudar e analisar as relações que as crianças estabelecem com estas mídias e os seus significados no contexto escolar na contemporaneidade.

Com o auxílio de diversas tecnologias a pesquisa intervenção - A radionovela vai à escola - é realizada com os alunos da 1ª série do Ensino Fundamental de uma escola particular de Belo Horizonte.

METODOLOGIA

Com objetivo de abstrair dados e informações para subsidiar outras pesquisas, além de nossos estudos sobre os médias, A radionovela vai à escola, também contribui para a captação de dados referentes às dissertações de mestrado. Assim estamos desenvolvendo uma pesquisa participante para melhor compreensão dos objetivos propostos. Utilizamos os desenhos produzidos pelas crianças, suas falas, seus gestos, entre outros.

O campo de pesquisa é uma sala de aula da rede particular de Belo Horizonte, com 19 crianças.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Lá Lá Lá não é música. Musica tem que ter falação

Demorou muito tempo até que se desse conta de que as crianças não são homens ou mulheres em dimensões reduzidas. As crianças criam para si, brincando, o pequeno mundo próprio.

Walter Benjamin


Através de falas, gestos, olhares, movimentos corporais, as crianças revelam fenómenos sociais que se encontram obscurecidos...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Imagem e desenho: pesquisa com crianças na educação infantil

Josemir Almeida Barros Maria Esperança de Paula
Propomos aqui uma reflexão sobre imagem, na forma de desenhos, isto é, sobre os aspectos ligados à utilização dos desenhos como possível forma de problematizar parte dos aspectos culturais e ideológicos de crianças de 5 e 6 anos, suas falas representadas como imagens vinculadas à mídia televisiva. Uma das indagações fundantes torna-se necessária: que lugar a televisão ocupa na vida das crianças? Essa questão, central para nosso grupo de pesquisa, é trazida para este texto a partir de um diálogo construído com crianças da educação infantil da Escola Padre Eustáquio, localizada em Belo Horizonte. Qual a parte da sua casa de que mais gostam? Essa pergunta, motivadora do desenho, foi feita com dois objetivos: conhecer o contexto extra-escolar da vida das crianças e observar a possível presença da televisão nesse contexto. Percebemos uma relação muito grande entre a linguagem imagética dos desenhos e a fala que as crianças construíam em seu entorno, antes ou depois do desenho feito. Percebemos também que as crianças dificilmente resistem a desenhar quando instigadas diante de um pedaço de papel. Utilizar os desenhos como instrumento de pesquisa com crianças da educação infantil, torna-se uma rica possibilidade de compreender a relação entre imagem e oralidade, sendo estas formas privilegiadas de expressões e sentimentos infantis. Segundo GOBBI (2002) os desenhos infantis podem ser considerados como documentos caracterizados como objetos interlocutores que vão permitir uma construção de diálogos com as crianças, contribuindo como fontes de informações a serem investigadas, interpretadas, analisadas e comparadas. As crianças ao registrarem os desenhos no papel, tendem a contar as visões do seu mundo. Portanto, tais documentos são entendidos como obras humanas que registram, ainda que de modo fragmentado, pequenas parcelas das complexas relações tanto individuais quanto coletivas das crianças. Os desenhos podem ser entendidos como uma grafia que conservou o pensamento e a fala de forma a permitir sua representação e consequentemente sua leitura. Nestes desenhos, encontramos expressões e experiências das crianças com a TV, seus desejos, sonhos e compreensões sobre a vida cotidiana, sobre a vida escolar, suas inter-relações com os amigos, com os familiares e parte do que acreditam. Para essas crianças as imagens midiáticas parecem onipresentes em um mundo tomado por telas de toda ordem, desde os outdoors aos microcomputadores e da televisão aos vídeo-games e pocket-games. Tão presentes na vida das crianças, as imagens precisam se tornar presentes em nossos estudos e pesquisas. REFERÊNCIAS – GOBBI, Márcia. "Desenho infantil e oralidade: instrumentos para pesquisa com crianças pequenas." In. GOULAR, Ana Lúcia de Faria e et all. (Orgs.). Por uma cultura da infância. Campinas: Autores Associados, 2002. sobre o(a) autor(a): Josemir Almeida Barros Licenciado em História pela PUC-MG e Mestrando em Educação pela UERJ. Prof. da FAE/UEMG. Maria Esperança de Paula Licenciada em Pedagogia pela FAE/UEMG e Mestranda em Educação pela UERJ. Profa. da FAE/UEMG.